Nesse artigo o grupo do Laboratório de Controle Hormmonal do Desenvolvimento Vegetal propõe usar novas tecnologias de Engenharia Genética para criar novas variedades de culturas de interesse comercial de forma mais rápida e eficiente.

Atualmente, as ferramentas mais comuns de manipulação genética não permitem controlar o local específico de edição genética, sendo esse local aleatório no genoma, aumentando o tempo de seleção dos eventos. Já, o sistema chamado CRISPR/Cas possibilita escolher o local específico da alteração genômica com a vantagem adicional de poder posteriormente eliminar o DNA exógeno. As plantas assim geradas são indistinguíveis de plantas normais ao nível de DNA, e portanto não são consideradas "transgênicas" no sentido tradicional.

O estudo de caso publicado pelo grupo foca em tomateiro, Solanum lycopersicum, uma espécie que além de ser de interesse comercial é um modelo genético com genoma totalmente sequenciado, onde foram identificados diversos genes relacionados tanto ao rendimento quanto à qualidade de frutos.

Espécies muito próximas de tomateiro originárias do Chile, Perú e Equador se encontram adaptadas a condições de seca ou alta salinidade no solo, características muito difíceis de incorporar no tomateiro cultivado. A proposta do grupo é manipular genes específicos nessas espécies para aumentar o tamanho e a qualidade do fruto delas e assim ‘domesticá-las’ e permitir o seu cultivo em locais desfavoráveis para o cultivo do tomateiro convencional.

Fevereiro 10, 2017
LCHDV

Laboratório de Controle Hormonal do Desenvolvimento Vegetal publica artigo na Plant Science