Introdução à Botânica: morfologia

SOUZA, Vinícius Castro; FLORES, Thiago Bevilacqua; LORENZI, Harri
978-85-86714-42-9

Em um país com dimensões do Brasil, que abriga a maior biodiversidade do mundo, os estudos sobre a nossa flora são estratégicos, tanto no que se refere ao seu melhor aproveitamento econômico, conciliado com as necessidades das populações, quanto em relação à necessidade de conservação para garantir que estes recursos naturais também estejam disponíveis para as gerações que estão por vir. Neste contexto, contribuir para que todos possam ter um acesso mais fácil à terminologia utilizada nos estudos científicos é uma tarefa das mais importantes. Foi isso que os autores tinham em mente, quando decidiram fazer este livro.

Assim, esta obra, de cunho estritamente didático, tem por objetivo o estudo da MORFOLOGIA VEGETAL, que é a área que investiga plantas, suas variações, origens e relações com o meio ambiente, além de aspectos ligados à evolução dos vegetais. Assim, o estudo das partes morfológicas é um conhecimento básico e fundamental para o entendimento da Botânica e de áreas afins. Destina-se a estudantes de cursos de nível superior (biologia, farmácia, engenharia agronômica e florestal, paisagismo, ecologia, etc.), bem como para estudantes de nível médio e botânicos amadores e autodidatas, em especial aqueles que têm pouca familiaridade com o tema.

Utilizou-se de uma linguagem simples para tratar de termos técnicos geralmente de entendimento mais difícil em publicações similares. Foi ricamente ilustrado com mais de 400 fotografias coloridas de órgãos, realizadas pelos próprios autores em sua maioria especificamente para este livro. Foram escolhidas espécies de uso popular e, na medida do possível, amplamente conhecidas em todo o país, de forma que o leitor possa facilmente confrontar as estruturas apresentadas.

ISBN: 978-85-86714-42-9


O Código Florestal e a Ciência: Contribuições para o Diálogo

SILVA, josé Antonio Aleixo (Coordenador); NOBRE, Antonio Donato; JOLY, Carlos Alfredo; NOBRE, Carlos Afonso; MANZATTO, Celso Vainer; REICH FILHO, Elibio Leopoldo; SKORUPA, Ladislau Araújo; DA CUNHA, Maria Manuela Ligeti Carneiro; MAY, Peter Herman; RODRIGUES, Ricardo Ribeiro; AHRENS, Sérgio; SÁ, Tatiana Deane de Abreu; AB´SABER, Aziz Nacib (in memorian)
978-85-86957-18-5

As ponderações científicas contidas neste documento contribuem para o diálogo que a sociedade realiza sobre as possíveis alterações do Código Florestal Brasileiro. Ressalte-se, porém, que não se trata de uma análise detalha da de dispositivos do Código Florestal vigente e nem do substitutivo ao PL no 1.876/99 e seus respectivos apensados. 

Inspirou e balizou este trabalho a perspectiva de novos conceitos e de novos instrumentos tecnológicos para o planejamento e ordenamento territorial, orientados para estimular o aumento da produção e da produtividade agrícola em sinergia com a sustentabilidade ambiental. 

O documento explicita o referencial científico utilizado para análise de vários temas do ambiente rural e urbano que não podem ser desconsiderados na revisão da legislação, citando exemplos de dispositivos do Código Florestal vigente e do substitutivo em discussão. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) permanecem à disposição para mobilizar competências na sociedade que possam embasar cientificamente o diálogo, participando de agendas plurissetoriais. 

Este documento é fruto de extenso trabalho de revisão e pesquisa prospectiva desenvolvido pelos membros do Grupo de Trabalho do Código Florestal – SBPC/ABC, que procuraram à luz da ciência e tecnologia disponíveis, colaborar para um vigoroso diálogo sobre o Código Florestal. Entretanto, em vista da complexidade do assunto, deve ficar claro que os achados aqui reportados podem e devem ser ampliados, o que tronam bem-vindas outras contribuições cientificamente fundamentadas para melhorar a legislação vigente, que resultem em aperfeiçoamentos tanto para a preservação e conservação ambiental, como para o setor agrícola do pais.

ISBN: 978-85-86957-18-5


Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APGIII

SOUZA, Vinícius Castro; LORENZI, Harri
978-85-86714-39-9

A Botânica Sistemática é o ramo da ciência que estuda a diversidade das plantas, através da sua organização em grupos, com base em suas relações evolutivas. Esta área do conhecimento está passando por uma das suas épocas mais produtivas, em termos de geração de novos conhecimentos, especialmente no que se refere às relações evolutivas entre os táxons. Tudo isto está acontecendo em um ritmo tão acelerado que mesmo pesquisadores nesta área tem tido dificuldade em acompanhar as mudanças, tal a velocidade em que elas ocorrem. Paralelamente, há uma falta de livros-texto que permitiriam o acesso dos estudantes a este conhecimento e, assim, também o processo de aprendizagem fica dificultado pela falta de uma centralização das informações.

O público alvo deste livro é formado principalmente por estudantes de graduação e pós-graduação, nos diversos cursos que envolvem o conhecimento botânico, incluindo Biologia, Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal, Farmácia e Bioquímica, Ecologia, Gestão Ambiental e outros. Também os pesquisadores em Botânica e em áreas afins e profissionais da área ambiental e de paisagismo poderão encontrar uma fonte segura de informações.

Buscou-se incluir as mais recentes novidades que estão sendo trazidas à luz com os recentes trabalhos de filogenia, o que nem sempre é muito fácil, já que há novidades quase todas as semanas. Assim, foi adotado, em linhas gerais, o que foi apresentado por APGIII (2009). Considerando que muitas novidades estão sendo trazidas em relação aos demais livros-texto disponíveis no Brasil, ao longo do texto foram acrescentadas informações sobre o posicionamento tradicional das famílias, o que permitirá uma transição mais tranquila para um novo sistema de classificação.

São apresentadas descrições morfológicas para todas as famílias de Gimnospermas e de Angiospermas com representantes nativos ou cultivados no Brasil.

ISBN: 978-85-86714-39-9


Guia de nutrição para espécies florestais nativas

SORREANO, Maria Cláudia Mendes; RODRIGUES, Ricardo Ribeiro; BOARETTO, Antonio Enedi
978-85-7975-049-6

Os vegetais têm importantes finalidades para a humanidade, pois fornecem alimentos, vestuários, combustíveis e remédios, além de propiciar a renovação ambiental e embelezar o nosso Planeta. Para viver, as plantas necessitam adquirir nutrientes no ambiente e assim se desenvolver e completar o ciclo vital. A nutrição de plantas, como ciência que é, tem como objetivo conhecer os nutrientes exigidos e as funções que os mesmos desempenham na vida vegetal, sendo a base para que a adubação seja feita de maneira racional, sem prejuízo para o ambiente.

Desde o início da agricultura, ocorrida por volta de 10 mil anos antes da era cristã, até fins do século XVII, quando os primeiros estudos foram realizados, pouso se sabia sobre a vida vegetal. As pesquisas de nutrição mineral de plantas a partir de seu início até o presente teve grande evolução, fornecendo as bases técnicas para a obtenção de grande quantidade de alimentos. Com a disponibilização de alimentos, a população mundial que tinha atingido 1 bilhão de habitantes no início do século XIX, chegou atualmente a mais de 7 bilhões, ocorrendo uma verdadeira explosão demográfica. Os alimentos produzidos foram obtidos em novas áreas de cultivo, em detrimento às florestas que existiam nesses locais, assim como pelo aumento da produtividade nas áreas de cultivo já tradicionalmente utilizadas.

Hoje é grande a preocupação em termos mundiais de conservar as florestas que restam e de recuperar ambientes degradados por meio do reflorestamento. Para justificar a importância desse tema, basta lembrar que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2011 o Ano Internacional das Florestas, com o objetivo de sensibilizar a sociedade mundial para a importância da relação entre as florestas e a vida no nosso Planeta. As florestas cobrem aproximadamente um terço da área terrestre do Planeta, servem de abrigo para 300 milhões de pessoas de todo o mundo e, ainda, garantem de forma direta a sobrevivência de 1,6 bilhão de seres humanos e 80% da biodiversidade terrestre. 

Como o próprio nome indica, o Guia de nutrição para espécies florestais nativas, que ora vem à luz, é uma publicação destinada a orientar aqueles que pesquisam e/ou ensinam na área de nutrição mineral de plantas das matas brasileiras. Na literatura, há muitas obras que tratam da nutrição mineral das plantas cultivadas com objetivos de produção de alimento, fibra, energia, medicamentos e para fins de ornamentação, mas este guia se distingue dessas literaturas pelas espécies utilizadas no estudo. As 14 espécies submetidas à deficiência de nutrientes para fins de descrição dos sintomas e dos consequentes efeitos microscópicos em seus tecidos são todas nativas do Brasil e muito usadas nos projetos de reflorestamento ou de recuperação de áreas degradadas. As espécies vegetais nativas se alimentam dos mesmos nutrientes que as plantas cultivadas, mas existem algumas particularidades, que estão explícitas na presente obra. Os conhecimentos da nutrição mineral de plantas nativas são fundamentais e necessários para gerir, conservar e explorar as florestas e, nesse aspecto, a literatura é muito escassa.

O Guia de nutrição para espécies florestais nativas segue um modelo diferente dos livros convencionais, que são divididos em capítulos. Por ser fruto da tese de doutorado da Dra. Maria Cláudia Mendes Sorreano, o livro relata, na seção “Conceitos básicos”, os critérios de essencialidade dos nutrientes e suas funções na vida vegetal, bem como descreve de forma geral a sintomatologia da carência da carência desses nutrientes em espécies florestais. Na seção “Material e métodos” são descritos os procedimentos adotados para se obter a sintomatologia de carência dos nutrientes os quais poderão servir de orientação para novos estudos similares. Em “Resultados e discussões”, inicialmente é proposta uma chave para a identificação visual dos sintomas de carência nutricional para espécies florestais, seguida de uma descrição detalhada dos sintomas observados. Ao final, são apresentadas fotografias obtidas por meio de microscopia, mostrando como os sintomas visuais são consequência de sintomas internos que afetam as células e os tecidos das plantas, com reflexos em seu desenvolvimento, e que podem impedir que os projetos de reflorestamento e de recuperação de áreas degradadas atinjam de maneira satisfatória os seus objetivos.

Assim, esperamos que todos os usuários deste guia possam ter uma visão geral da nutrição mineral de espécies nativas brasileiras e tirem proveito da descrição aprofundada sobre a nutrição das espécies abordadas neste livro, todas com importante papel em projetos de reflorestamento e de recuperação de áreas degradadas.

ISBN: 978-85-7975-049-6


Guia de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares

CAPELLARI JR., Lindolpho; NASCIMENTO, Cláudia Resende do
978-85-63944-01-6

O Horto de Plantas Medicinais e Aromáticas pertence ao Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo. Foi criado em 1991 para conter uma coleção de espécies vegetais de interesse medicinal, aromático ou condimentar. Em uma área relativamente pequena foram construídos canteiros retangulares que com o tempo foram sendo divididos para conter novas espécies.

A maioria das plantas são herbáceas anuais ou perenes, entretanto, também são mantidos ali algumas árvores, diversos arbustos e trepadeiras. 

As suculentas que necessitam de muita insolação foram agrupadas numa faixa lateral.

Em 1997 foi realizada a inauguração do horto que recebeu o nome em homenagem a um dos professores mais queridos da ESALQ: Prof. Dr. Walter Radamés Accorsi.

Ao longo desses anos o horto forneceu material didático para diversas disciplinas do departamento e mudas para comercialização ou doação (escolas, feiras científicas e entidades de apoio à comunidade). Muitas visitas foram ali recebidas envolvendo alunos de ensino elementar, intermediário e superior. Pesquisadores de instituições nacionais e delegações estrangeiras, especialemnte chinesas, também visitaram o horto, contribuindo para o intercâmbio de informações e identificações botânicas. No segundo semestre de 2008 o horto passou por um processo de reorganização, expansão e melhorias.

O setor conta com o trabalho de um auxiiar técnico - o "Pequeno" (José Francisco Rodrigues) e de um grupo de alunos, o GeWA (Grupo de estudos Water Accorsi), criado em 2007 pelo aluno Maurício Meira Guimarães.

Neste trabalho é apresentado um guia que contém informações botânicas, agronômicas e terapêuticas sobre 200 espécies vegetais do horto. As fotografias foram tomadas em épocas de florescimento ou frutificação. Certas espécies, entretanto, que não florescem em nossas condições climáticas, foram fotografadas na fase vegetativa (sem flor ou fruto) ou floridas, mas em outros locais na Europa (França e Italia).


O Código Florestal e a Ciência: contribuições para o diálogo

NOBRE, Antonio Donato; JOLY, Carlos Alfredo; NOBRE, Carlos Afonso; MANZATTO, Celso Vainer; REICH FILHO, Elibio Leopoldo; DA SILVA, José Antônio Aleixo; SKORUPA, Ladislau Araújo; DA CUNHA, Maria Manuela Ligeti Carneiro; MAY, Peter Herman; RODRIGUES, Ricardo Ribeiro; AHRENS, Sérgio; SÁ, Tatiana Deane de Abreu
978-85-86957-16-1

As ponderações científicas contidas neste documento contribuem para o diálogo que a sociedade realiza sobre as possíveis alterações do Código Florestal Brasileiro. Ressalte-se, porém, que não se trata de uma análise detalha de dispositivos do Código Florestal vigente e nem do substitutivo ao PL no 1.876/99 e seus respectivos apensados. 

Inspirou e balizou este trabalho a perspectiva de novos conceitos e de novos instrumentos tecnológicos para o planejamento e ordenamento territorial, orientados para estimular o aumento da produção e da produtividade agrícola em sinergia com a sustentabilidade ambiental. 

O documento explicita o referencial científico utilizado para análise de vários temas do ambiente rural e urbano que não podem ser desconsiderados na revisão da legislação, citando exemplos de dispositivos do Código Florestal vigente e do substitutivo em discussão. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) permanecem à disposição para mobilizar competências na sociedade que possam embasar cientificamente o diálogo, participando de agendas plurissetoriais.

ISBN: 978-85-86957-16-1


Reservatórios do Nordeste do Brasil: biodiversidade, ecologia e manejo

MOURA, Ariadne do Nascimento; ARAÚJO, Eucida de Lima; Bittencourt-Oliveira, Maria do Carmo; PIMENTEL, Rejane Magalhães de Mendonça; ALBUQUERQUE, Ulysses Paulino de (edit.)
978-85-7917-078-2

Construídos com a finalidade de contribuir para a produção de eletricidade, abastecimento de cidades e para a irrigação, os reservatórios diversificaram seus usos, ampliando a importância econômica e social e, ao mesmo tempo, aumentando sua complexidade funcional. 

Os impactos diretos e indiretos resultantes dos usos múltiplos, notadamente os impactos antropogênicos, tem trazido, como consequência, graves prejuízos, com perdas de sua capacidade de uso.

Em virtude disto, a necessidade do conhecimento da saúde ambiental dos reservatórios tornou-se uma das preocupações de pesquisadores de diversas áreas ambientais, os quais vem realizando estudos integrados com a finalidade de produzir informações básicas acerca dos componentes físicos, químicos e biológicos, gerando uma base solida para futuras ações de gerenciamento e monitoramento desses ecossistemas.

O livro Reservatórios do Nordeste Do Brasil: Biodiversidade, Ecologia e Manejo representa o resultado dos esforços de um grupo de docentes, pesquisadores e discentes de diferentes áreas ambientais e comporta uma serie de informações relacionadas ao conhecimento biótico e abiótico dos reservatórios localizados no Nordeste do Brasil.

Por seu conteúdo, representa uma valiosa contribuição para o entendimento dos problemas ecológicos desses mananciais, propiciando ferramentas fundamentais para o controle da qualidade da agua.

Considerando-se que 90% dos reservatórios do Nordeste recebem pesadas cargas poluidoras orgânicas, tornando-se eutróficos, com consequentes florescimentos de cianobactérias, muitas delas produtoras de substancias toxicas que podem causar problemas gástricos e dermatológicos, a presente publicação representa um avanço no sentido de estender o conhecimento de suas características ecológicas, como uma forma de encontrar soluções para a melhoria de suas qualidades ambientais. 

Com esta finalidade, o livro traz uma abordagem ampla, estando estruturado de forma a apresentar os diversos aspectos da flora, da fauna e das condições hidrológicas de reservatórios localizados em varias áreas do Nordeste brasileiro. Estão abordados, desde as comunidades de produtores primários ate a fauna ictiologica.

Entre os produtores primários esta descrita a composição florística das microalgas planctônicas e a variação temporal e espacial de suas populações, com detalhamento e descrição de espécies de cianobactérias potencialmente toxicas. São, também, apresentados dados sobre a ocorrência de macrófitas aquáticas e descritos métodos de coleta e analise destas angiospermas. 

A fauna aquática esta abordada em seus diversos segmentos, desde os levantamentos dos invertebrados planctônicos e bentônicos ate a distribuição espacial e sazonal do ictioplancton. A composição e abundancia da ictiofauna também e descrita, incluindo a participação dos reservatórios no âmbito social.

O livro aborda, ainda, as variaveis hidrologicas e descreve o estado trofico, alem de dimensionar as perspectivas de implantação de atividades de aquicultura nestes mananciais.

Esta e, portanto, a contribuicao que profissionais da area ambiental colocam a disposicao da comunidade cientifica informações importantes, com o objetivo de estimular a geracao de conhecimento de ecossistemas com valioso potencial socioambiental.

ISBN: 978-85-7917-078-2


Pacto pela restauração da mata atlântica: referencial dos conceitos e ações de restauração florestal

RODRIGUES, Ricardo Ribeiro; BRANCALION, Pedro Henrique Santin; ISERNHAGEN, Ingo
978-85-60840-02-1

A recuperação de ecossistemas degradados é uma prática muito antiga, podendo-se encontrar exemplos de sua existência na história de diferentes povos, épocas e regiões (Rodrigues & Gandolfi, 2004), porém, só recentemente adquiriu o caráter de uma área de conhecimento, sendo denominada por alguns autores como Ecologia da Restauração (Palmer et. al., 1997). Incorporou conhecimentos sobre os processos envolvidos na dinâmica de formações naturais remanescentes, fazendo com que os programas de recuperação deixassem de ser mera aplicação de práticas agronômicas ou silviculturais de plantios de espécie perenes, visando apenas a reintrodução de espécies arbóreas numa dada área, para assumir a difícil tarefa de reconstrução das complexas interações da comunidade (Rodrigues & . Gandolfi, 2004). É a essa tarefa grandiosa de restauração da Mata Atlântica que o presente documento procura contribuir através do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica. 

O esforço integrado de conservação e restauração da Mata Atlântica deve necessariamente passar por uma padronização e atualização do conhecimento científico e empírico acumulado nesses temas, incluindo uma contextualização temporal desse conhecimento e a sua tradução em ações específicas, mas sempre buscando o referencial teórico que sustentava a adoção dessas ações.

Nesse sentido, esse documento foi construído para sustentar as ações de restauração da Mata Atlântica, que deverão ser potencializadas com o esforço coletivo e integrado do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica através das organizações não governamentais, governos federal, estaduais e municipais, proprietários rurais, comunidades tradicionais, cooperativas, associações e empresas. De forma alguma o presente documento deve ser tomado como o ponto final da Ciência e prática da restauração florestal da Mata Atlântica. Serve como um ponto de partida para que, daqui a alguns anos, possa ser atualizado pelo avanço da Ecologia da Restauração e pelas lições a serem aprendidas com as ações do Pacto. 

As ações de restauração englobadas nesse documento não se restringem às iniciativas de recuperação de áreas públicas degradadas. Também envolvem a preocupação com a recuperação das florestas nativas funcionais em áreas rurais, que inadequadamente foram ocupadas por atividades de produção agrícola no passado, pelo fato ou de serem situações protegidas na legislação ambiental brasileira (Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal) ou por serem áreas de baixa aptidão agrícola, com elevada vocação florestal. Dessa forma, as iniciativas de restauração focadas nesse documento visam a restauração da diversidade vegetal regional, tanto com o propósito da conservação dessa diversidade nas matas ciliares (Áreas de Preservação Permanente), nas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) e outras iniciativas de conservação, como implantação de reflorestamentos de espécies nativas visando algum tipo de produção florestal, mas em ambientes de elevada diversidade regional. Nessas últimas busca-se algum tipo de retorno econômico da restauração, como nas áreas alocadas como Reserva Legal e mesmo nas áreas agrícolas das propriedades, e, portanto, não protegidas na legislação ambiental, atualmente ocupadas com atividades de baixa sustentabilidade ambiental e econômica, tal como pastagens degradadas, que podem ser redefinidas para exploração florestal, pela possibilidade de maior retorno econômico, como a produção de espécies madeireiras, de espécies medicinais, de frutíferas nativas e meliferas, além de outros produtos florestais.

O conceito de restauração considerado nesse documento é aquele aplicado pela Society for Ecological Restoration International (SERI): "a ciência, prática e arte de assistir e manejar a recuperação da integridade ecol6gica dos ecossistemas, incluindo um nível mínimo de biodiversidade e de variabilidade na estrutura e funcionamento dos processos ecológicos, considerando-se seus valores ecológicos, econômicos e sociais". Vale destacar que será enfocado, nesse documento, a restauração dos processos ecológicos em ecossistemas florestais, que são responsáveis pela construção de uma floresta funcional e, portanto, sustentável e perpetuada no tempo, e não apenas a restauração de uma fisionomia florestal. Assim, busca-se garantir que a área não retomará à condição de degradada, se devidamente protegida e/ou manejada.

Esse documento foi elaborado em capítulos, sendo que o primeiro capítulo apresenta as principais iniciativas de restauração realizadas no Brasil, agrupadas em fases, por uma questão didática apenas. Essas fases visam agrupar essas iniciativas de acordo com as características das ações usadas na restauração dessas áreas, que logicamente são condizentes com o referencial teórico em que essas iniciativas foram concebidas. Esse referencial teórico usado na definição das ações de restauração se alicerça no conhecimento científico acumulado até aquele momento, sobre dinâmica de florestas tropicais e na experiência empírica desses praticantes de restauração, responsáveis pela elaboração de cada uma das iniciativas de restauração. No entanto, vale destacar que esse agrupamento em fases é apenas para facilitar o entendimento da evolução das ações de restauração, dado a grande complexidade de iniciativas de restauração e não necessariamente ter uma ordenação cronológica, além do fato de as iniciativas atuais poderem ser classificadas em qualquer uma dessas fases. 

Os demais capítulos tratam de aspectos relacionados com a prática da restauração, desde a necessidade de diagnósticos e de adequação ambiental de propriedades rurais, o monitoramento de áreas restauradas, a avaliação de biomassa e de carbono em áreas restauradas, possíveis aproveitamentos econômicos de áreas restauradas e as atividades operacionais necessárias para efetivação da restauração.

ISBN: 978-85-60840-02-1


Princípios de adubação foliar

CASTRO, Paulo Roberto de Camargo e
987-85-7805-030-6

Os adubos foliares têm sido aplicados extensivamente na agricultura. Além de caracterizarmos as primeiras aplicações desses agroquímicos, apresentamos aspectos da anatoimia das folhas que são atingidas por esses produtos, os mecanismos de absorção passiva e ativa, os fatores que afetam a absorção e também aplicações e penetração dos nutrientes minerais. consideramos que se trata de uma contribuição para um melhor conhecimento da adubação foliar, cuja eficiência tem motivado controvérsias ao longo do tempo. 

ISBN: 987-85-7805-030-6


Implementando Reflorestamentos com Alta Diversidade na Zona da Mata Nordestina: Guia Prático

ALVES-COSTA, Cecília P.; LÔBO, Diele; LEÃO, Tarcísio; BRANCALION, Pedro H.S.; NAVE, André Gustavo; GANDOLFI, Sergius; RODRIGUES, Ricardo Ribeiro; TABARELLI, Marcelo
978-85-99657-03-4

Este guia prático é um dos produtos do projeto "Modelos de Reflorestamento para a Zona da Mata", financiado pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona ,da Mata de Pernambuco - PROMATA. O seu principal objetivo é ser uma ferramenta de consulta para o planejamento e implementação de reflorestamentos com alta diversidade biológica na floresta Atlântica do nordeste do Brasil (Zona da Mata). Esta obra foi pensada e elaborada para ser consultada por atores sociais diversos e, portanto, deu-se preferência a uma linguagem simples e objetiva. Entretanto, o guia apresenta um rico banco de informações técnico-científicas, tanto no que se refere às técnicas de recuperação de áreas degradadas como de características biológicas e biogeográficas da flora regional. 

Inicialmente, o guia apresenta o cenário atual da Zona da Mata nordestina e alguns conceitos que devem ser conhecidos sobre reflorestamentos. Depois, são apresentadas formas de planejar as ações em áreas a serem recuperadas, levando em consideração, principalmente, o aspecto legal e a necessidade de se utilizar muitas espécies nos plantios. O guia também indica uma "receita de bolo" para escolher de maneira adequada as espécies a serem utilizadas, seguida de uma série de técnicas e procedimentos que vão desde a produção de sementes florestais até o plantio das mudas no campo. No final, o guia aborda algumas experiências de reflorestamento na região e no Brasil, e discute oportunidades econômicas para a restauração florestal. 

Este obra cobre uma lacuna importante e tem valor estratégico, na medida em que estimula e permite uma melhoria significativa nas práticas de reflorestamento com espécies nativas na área de domínio da floresta Atlântica nordestina; desta forma, contribui para a restauração desta biota e proteção de sua enorme diversidade biológica. Embora o guia precise ser periodicamente atualizado (trata-se da primeira versão), o mesmo contém diretrizes básicas capazes de oferecer suporte para a elaboração de uma legislação reguladora das práticas de reflorestamento, as quais devem primar pela eficiência, garantia de benefícios (ambientais, sociais e econômicos) e suporte legal para os diversos atores interessados neste instrumento de recuperação da floresta e na melhoria de práticas produtivas. Essa obra, no entanto, não deve ser usada para condenar iniciativas passadas ou mesmo engessar as novas. A floresta  Atlântica nordestina é, atualmente, um dos trechos mais ameaçados da floresta Atlântica brasileira, pois restam menos de 3% da cobertura original. Permitir que esta floresta preste serviços ambientais estratégicos, proteja o patrimônio biológico da floresta Atlântica brasileira e ajude no desenvolvimento sustentável desta região é uma tarefa que não pode mais ser adiada e necessita do envolvimento de toda a sociedade. Felizmente, estamos vivendo um momento de oportunidades para esta floresta, o qual resulta do crescente interesse de setores produtivos pelas questões ambientais, maior consciência dos tomadores de decisão e dos formuladores de políticas públicas sobre a importância dos recursos naturais e, finalmente, do interesse da sociedade civil e da academia pelo paradigma do desenvolvimento sustentável. Aproveitamos então esta janela de oportunidade.

ISBN 978-85-99657-03-4


Pages

Books